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18 - Nossa Sede e Entretenimento


A SEDE PRÓPRIA

Em fins de 1957 o 25 de Julho contava com mais de mil sócios e muitas atividades. Para isto, ter uma sede adequada, que comportasse tantos associados e que fosse própria, em que pudessem investir com liberdade, era imprescindível.


Mediante pesquisas de imóveis em Porto Alegre, discussões e cálculos em reuniões, foram adquiridos 11 terrenos da antiga chácara da família Petersen no bairro Auxiliadora. O endereço oficial era Rua Marquês do Pombal, 1390, na esquina com a rua Marcelo Gama. A compra da antiga chácara ocorreu em outubro de 1957, assinada entre Arlindo Petersen e a diretoria do Centro Cultural 25 de Julho representada por Rudolf Metzler, Rudolf Nührich e Osvaldo Jacobsen.


Em seguida, a diretoria e os sócios do “25” passaram a discutir projeto e construção da sede própria. Foram estipuladas algumas formas de contribuições dos sócios como taxa de construção, venda de títulos pró-construção e títulos proprietários.


Subscritores de títulos pró-construção”


As notícias deste grande negócio correram pelos importantes jornais da cidade e arredores: Folha da Tarde, Diário de Notícias e, não poderia faltar, o Brasil Post (cuja coleção completa encontra-seno Arquivo Histórico do 25 de Julho). A compra e construção da sede foram amplamente noticiadas nos meses que se seguiram entre 1957 e 1958.

Folha da Tarde, 10 de outubro de 1957

Folha da Tarde, 10 de outubro de 1957

Recortes do Brasil Post de 1958, já com o projeto da construççao
Recortes do Diário de Notícias e Brasil Post

Diário de Notícias, vários dias de maio de 1958


A diretoria do Centro Cultural, membros da família Petersen e convidados totalizaram 25 pessoas na solenidade de assinatura de compra e venda do terreno na sede da Cristóvão Colombo.



O documento a seguir é uma circular não datada, mas que apresenta indicações históricas em seu conteúdo. É endereçada aos sócios, chamando-os para a visível necessidade de aquisição da nova sede. Um documento raro único: é possível observar marcas de queimado em suas bordas, assim como uma cuidadosa reconstituição. Trata-se de um dos raros documentos salvos no incêndio da casa de um membro da diretoria, que consumiu todo um conjunto de documentação do “25”, sobretudo as atas de reuniões da diretoria entre os anos de 1956 e 1959. É interessante trazer ao conhecimento do leitor que a documentação do Centro Cultural integra seu patrimônio. Ela possibilita conhecermos sua história e, assim, dar identidade e alicerce para o presente.


Para a construção da sede, foi formada uma Comissão de Obras e de Finanças, constituída por Henrich Nührich, Luiz Kronixfeld, Arno Jacobi e Helmuth Langwieler, este último, “sócio da firma construtora metropolitana que está executando as obras” (cf. ata de reunião da diretoria de 03 de agosto de 1959). Os sócios eram convocados também por notas em jornal a comparecer em reuniões periódicas. Destacar a presença nos jornais é por demais interessante: uma marca de época. Por um lado mostra a importância do Centro Cultural – e de clubes e associações em geral – na sociedade. Por outro lado, os jornais eram, por assim dizer, as redes sociais da época.



Infelizmente, no recorte, não foi preservado nome e data do jornal.


Numa bela coleção de imagens, podemos ter ideia de como foi erguido , ao longo dos anos de 1958 e 1959, o prédio em que atuamos e nos encontramos hoje. As fotos que seguem correspondem ao ano de 1958. Entretanto, a sede foi inaugurada em dezembro de 1959.





INAUGURAÇÃO

A inauguração ocorreu em 05 de dezembro de 1959 com ato inaugural, seguido de festa popular com serviço de bar, café, salsichas, sorteios e outras diversões em benefício dos cofres da sociedade para a continuação das obras ainda por fazer. A organização da festa esteve a cargo de Oswin Müller, diretor social, e seus colaboradores. Associados colaboraram para a organização e serviços nesta festa (ata de reunião da diretoria, de 23 de novembro e 14 de dezembro de 1959). A data contou com presença de autoridades, imprensa, rádio e representantes de outras associações. Foi o início de uma nova fase social e cultural do Centro.



Inauguração da Sede do 25 em dezembro de 1959

Inauguração da Sede do 25 em dezembro de 1959

Inaugurar a sede não significava que estaria pronta. Fotografias nos mostram o prédio sendo inaugurado com tijolos à vista, ainda sem reboco e pintura. Foi até mesmo encontrada uma fotografia de festa acontecendo no salão principal nessas mesmas condições. Sabe-se também de reuniões posteriores que as campanhas de colaborações para finalização das obras permaneceram. O salão principal continuou a ser construído e aperfeiçoado, outras salas também. As obras do salão principal foram concluídas em 1963, de acordo com relato no Boletim Informativo “O 25”, de junho daquele ano, “...tornou-se um dos mais belos da nossa Capital”.


Inauguração da Sede do 25 em dezembro de 1959


ENTRETENIMENTO


A sede do Centro Cultural 25 de Julho foi muito bem aproveitada nos anos que se seguiram. Os melhoramentos foram constantes, e diversas reformas se fizeram necessárias, claro, ao longo de tantas décadas. Todas elas atendendo a novos usos e demandas que surgiam. A seguir destacamos algumas dessas atividades.


DEPARTAMENTO DE BOLÃO


Em 12 de outubro de 1969 foram inauguradas as canchas de bolão, muito concorridas até meados da década de 1980 e construídas atrás da atual sala Tante Elly. Para quem não identifica o esporte, bolão também é conhecido por boliche.


O presidente Oswin Muller inaugura a cancha de Bolão em 1969

Ao longo de aproximadamente duas décadas é possível acompanhar toda esta movimentação através dos Boletins Informativos e dos relatórios anuais muito detalhados, comentando as atividades dos vários grupos de bolão, masculino e feminino. Alguns dos grupos femininos eram Edelweiss, Primavera, Higienópolis, Sempre Unidas. Os masculinos, Colombo Boa Vida, Alegria, Aliança, e Enchente, fundado na década de 1920! Além destes, em 1976 surgiu o Grupo de Casais.


Provavelmente, Equipe de Casais do bolão

Uma equipe feminina do bolão

Suas atividades eram intensas, com campeonatos e troféus concedidos ao grupo vencedor. Optamos por nomear os grupos distinguindo os masculinos dos femininos, porque a diferença, na prática, entre a atividade feminina e masculina era grande, e muito bem observada por um garoto de 12 anos que viveu isto. Jorge Kunrath era guri, e seguidamente frequentava essas tardes de jogos com seu pai ou sua mãe. Ele conta:

“Quando eu era guri... não lembro bem minha idade, mas eu sempre acompanhava minha mãe nas tardes de jogo de bolão. Não sei bem porquê, mas éramos cinco filhos em casa, acho que a empregada não dava conta de todos e então eu ia junto.

As senhoras – quer dizer, “senhoras”, não! (risos) Elas deviam ter na casa de 30 anos! – se encontravam, tomavam chá e bolo, jogavam, era um ambiente muito alegre. E havia dois grupos. Minha mãe participava do grupo Primavera. Eu ficava lá, volta e meia ajudava o rapaz que colocava os pinos... Elas jogavam mais para se divertir, mas como havia dois grupos, chegaram até a fazer campeonato.

Mas tinha também o grupo dos homens. Este funcionava no sábado. O grupo do meu pai era o Bolão Aliança. Eles sim jogavam a rigor. Participavam de campeonatos, registravam suas pontuações e quem ganhava o jogo no livro Bolão Aliança.



Aquelas tardes eram uma algazarra! Jogavam com muita força aquelas bolas, que estouravam nos pinos e aquilo fazia um barulhão estrondoso! E era muito chope e gritaria, eu adorava aquilo, me identificava!

Era muito diferente das mulheres, pois elas jogavam, paravam, sentavam, conversavam e conversavam!! Depois voltavam a jogar... tudo muito organizado, a vez de uma, a vez de outra...

Os homens, não! Aquilo era uma bagunça, um alvoroço!!



Mais tarde, entre 1979 e 1980, foi inaugurada uma nova churrasqueira no “25” junto ao bolão. O objetivo era atender à integração entre os bolonistas, mas também era disponibilizada a todos os associados (relatório out/79 a set/80).


CANCHAS E ESPORTE


Em 1976 e 1977 Rudolf Fritsch estava na Diretoria de Patrimônio, quando se construíram as canchas de esportes e se realizou uma grande reforma no restaurante.




No relatório da diretoria relativo ao ano de 1976 se lê sobre as canchas de esportes: “... sonho há muito tempo acalentado no “25”, principalmente pela juventude, e muito nos envaidece hoje a sua concretização e constante utilização pelos sócios e amigos.” Foi inaugurada dia 11 de julho, com churrasco, 200 associados presentes, e jogo inaugural contra “o time da diretoria da nossa co-irmã Sociedade Lindóia” (relatório ano 1976, pg. 16)


Essas canchas foram muito bem aproveitadas para campeonatos também com direito à formação de times, campeões e troféus.


O Búfalo , campeão de julho de 1979
Time de Futebol
Time Cabra, Vice-Campeão de julho de 1979
















O time Búfalo sagrou-se bicampeão de futebol de salão do “25” em agosto de 1979. Na foto, Genésio Körbes, Jaime Ruschel, Paulo Candiago, João Carlos Kohlmann, Paulo Körbes e Cali Heydrich.







































Genésio Körbes, goleiro menos vazado no campeonato. E Jaime Ruschel, goleador do campeonato].























Além dos jogadores constantes nas fotos, outros integrantes campeões foram Otto Ries, Carlos Heydrich e Eusébio Körbes. Ao todo competiram 6 equipes! Você participou também? Conta para gente nos comentários.


Mas as canchas eram também aproveitadas para brincadeiras sem maior propósito, para agitar e rir dos “bola-fora” de um bom jogo de vôlei e futebol, como nos relata Helga Süffert. Ela confessa que, diferente dos irmãos, era muito ruim nos esportes. Era ativa, mas nada de jogo organizado.


Então eu fundei uma equipe e era uma folia só! Convidei todas as amigas e cunhadas que eram ruins ou piores que eu. Comprei uma bola de vôlei e fomos jogar. Eu, a Zelda... o jogo era só bagunça. Jogávamos e depois íamos tomar nossa cervejinha no restaurante!” (Depoimento de Helga Süffert, concedido a Angélica Boff, em junho de 2021).


O RESTAURANTE


A reforma total do restaurante marcou os associados daquela época. Ele foi reinaugurado em dezembro de 1977. Este final da década de 1970 foi uma época de muitas remodelações no “25”, não só em seu patrimônio físico como também em outras esferas, a começar pela diretoria. O Centro Cultural 25 de Julho foi fundado por pessoas mais velhas. Em fins da década de 1970 foi a primeira vez que gente mais jovem esteve à frente do Centro, trazendo novas ideias, nova energia, novo espírito, e muitas remodelações. Entre esses jovens estavam Genésio Körbes, Sérgio Hickmann, o próprio Rudolf Fritsch, Werner Schwanke, André Pulz, Arlindo Mallmann, João Carlos e Henrique Kohlmann, Adelmo Ely, entre outros.



Reforma do Restaurante em 1977

Reforma do Restaurante em 1977

IMG 26 - Reforma do Restaurante em 1977
Reinauguração do Restaurante em dezembro de 1977
Reinauguração do Restaurante em dezembro de 1977


E parte da natureza humana sentir aconchego e calor em torno de uma mesa. Consequentemente, alegria, amizades, conversas... é assim que se consagrou a tradição da Stammtisch – mesa cativa – na Alemanha. Não foi difícil transportar esta tradição para cá. Impossível pensar um centro de encontros de pessoas sem um estabelecimento que os sirva bem! E foi assim que se consagrou também o ecônomo Notori, que por décadas serviu a todos que chegassem ao restaurante do “25”, além de ter realizado maravilhosos banquetes em todas as festas do Centro Cultural.


Notori, o ecônomo do restaurante e sua arte, no Jantar de Casais Paris, em 1980

Quanto à tradição da Stammtisch, vários grupos do Centro Cultural 25 de Julho reuniam-se em torno de suas mesas cativas no Restaurante do 25.


Artigo sobre a Stammtisch, num Boletim de 1967

Os serviços deste restaurante estavam sempre presentes, anunciados nos Boletins Informativos. Lá ocorreram festas, bailes e homenagens, como quando Tante Elly e o sr. Seitz receberam placa de prata, já com o restaurante reformado, em 1977.


O Restaurante agora reformado, presente no Boletim de 1977

O Restaurante, num Boletim de 1971

O restaurante do 25 num Boletim de 1969
Tante Elly e Sr. Seitz recebem homenagem, em 1977, em solenidade no Restaurante
 

Mas é evidente que aqui apenas está mencionado o Restaurante. É importante que você preencha essa história, assim como encheu o espaço e foi motivo para que o Restaurante do “25” funcionasse!]

 

MAX UND MORITZ


E por falar em comida e refeições que proporcionam confraternização, fazemos um destaque breve, mas especial, ao já cativo Max und Moritz, jantar que existe há cerca de 20 anos!! pelo qual passaram muitos organizadores e foi fundado pelo sr. Arno Müller.


Arno Müller criador do Max und Moritz, 2001

Arno Müller e equipe do Max und Moritz em 2003

Um jantar que sempre preza pela comida típica alemã: Gulasch, Spätzle, Schnitzel, Bockwürste, Eisbein, Sauerkraut entre outras. Desde 2018, o Quarteto Max und Moritz, de música deixa a noite pra lá de especial, com excelentes e queridos músicos do Centro Cultural 25 de Julho.

É a lembrança destes encontros do Max und Moritz que vai marcar a confraternização dos 70 anos neste 2021 de pandemia. A música será on line e o sistema, Pague e Leve, remetendo-nos a encontros de alma (não presenciais) e nos deixando com muita vontade de rever os amigos numa boa aglomeração!


A PISCINA


“Com orgulho inauguramos em 16 de dezembro de 1979 a piscina do nosso Centro Cultural, tão sonhada desde a construção da Sede Própria.” (relatório da diretoria: outubro/79 a setembro/80, p.28).


Inaugurada sob a presidência de Rudolf Fritsch, sendo vice-presidente Arlindo Mallmann, esta grande obra envolveu profundamente os associados do 25 de Julho em suas atividades e vivências. Sua inauguração foi festejada com “Galeto de Inauguração de nossa piscina”, como orgulhosamente consta no relatório de 1979/80.



Então o Centro Cultural era nossa segunda casa, digamos assim. Era uma casa para nós! Isso era muito forte! Nós nos sentíamos assim... EM CASA. (...)Não era uma associação qualquer para nós. E o Centro Cultural tinha uma diretoria que nos dava muita liberdade de ação. Muita liberdade de ação a todos os grupos culturais, para que a gente se sentisse assim. (Depoimento de Laurêncio Körbes concedido a Angélica Boff em 2014)


Laurêncio faz este depoimento falando pausadamente e com muita ênfase. Tentando buscar palavras que dessem conta de seu sentimento. Todas as reticências de sua fala estão transcritas para percebermos a força do sentimento que expressa.

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Quase parecendo combinado, Jorge Kunrath, em depoimento recente para as comemorações dos 70 anos desta instituição (abril de 2021), traz uma fala que completa perfeitamente a de Laurêncio Körbes através do exemplo da construção da piscina do Centro Cultural 25 de Julho ao longo de 1978 e 1979. Ele diz:


“A construção da piscina é um bom exemplo sobre o que era o espírito do pessoal no 25 de Julho. Não era assim: ‘Ah, sou sócio, eu pago, então vou usufruir.’ Não! O “25” era como nossa segunda casa. Os associados é que faziam tudo acontecer...”.


Jorge conta que seu pai Paulino Kunrath era integrante da diretoria juntamente com Sérgio Hickmann e Genésio Körbes, quando foi realizada a construção da piscina. Segundo ele, naquela época já se pensava na necessidade de haver quantidade suficiente de sócios para o Centro Cultural se manter e, com o mesmo intuito, de gente jovem frequentar a instituição – afinal de contas, as crianças e jovens são o futuro de qualquer entidade!

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Mas quem fez, e como foi feita aquela grande piscina que por tantas décadas alegrou tanta gente? Quem se empenhou na obra foram os próprios associados, a começar pela diretoria, evidentemente. Hoje, o filho de Paulino Kunrath lembra que, à época, seu pai tinha recém comprado uma Brasília vermelha novinha, 0/km, o carro do ano! Último grito! Imaginem, para um mecânico de automóveis, o quanto não era importante e de dar orgulho este carro.


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E ele ia com aquela Brasília “pra cima e pra baixo” carregando material de construção, sujando o carro, riscando, maltratando a máquina. O que importava é que a obra corresse bem. Jorge lembra ainda que sua mãe, Herta, se queixava muitas vezes, pois, chegando o fim de semana, queria usar o carro (não dirigia, mas era levada) para passeios, idas a chás, entre outros, e a Brasília novinha parecia “velha, suja e malvada”. Ficava indignada.


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O que acontecia, era que Paulino, chegando ao “25”, encontrava-se com os pedreiros que volta e meia pediam socorro: “Seu Paulino, estão faltando mais quatro sacos de cimento!” E lá ia seu Paulino com a “velha nova Brasília” para mais uma aventura. Mas não era só o seu Paulino, outras pessoas devem se lembrar de terem carregado sacos de cimento... Em depoimento, Helga Süffert lembra do quanto o sr. Rudi (Rudolf) Fritsch contribuiu também carregando cimento, além de estar na diretoria, à época. (Depoimento de Helga Süffert, concedido a Angélica Boff, em junho de 2021)


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Era assim: como se fosse propriedade sua. Não de seu Paulino, mas TODOS OS SÓCIOS do “25” eram muito mais do que sócios, eram INTEGRANTES ativos de uma comunidade.


A CURTIÇÃO NA PISCINA

Em torno daquela piscina aconteceram muitas histórias e muita diversão.

Um grupo do Coral Misto em torno da piscina, anos 1980


Até festas foram feitas! Anualmente se fazia a escolha da Rainha da Piscina do “25”, e o concurso não parava por aí: era escolhida uma finalista que concorria, então, com as finalistas de outros clubes da cidade! Este concurso aconteceu durante décadas.

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A temporada da piscina abria em outubro. Muitas famílias se divertiam e fortaleciam laços de amizade ao seu redor. Mães – hoje vovós – relatam que passavam o dia com seus filhos lá no “25”. Era piscina de manhã, se almoçava no restaurante ou então se comia um pastel, um lanche, e se voltava para a piscina! Quanta alegria para os dias quentes do verão de “Forno-Alegre”.


 

Coloca aí nos comentários, uma historieta boa que você vivenciou na piscina do “25”!

 

Entretanto, como todo lazer, aquilo não era só diversão. Era também coisa séria. Em torno da piscina girava toda uma atividade de compra e venda de lanches, o restaurante, até os ensaios e aulas de artes, o jogo de bolão, as canchas de esportes... tudo isso trazia vida, gente, função e manutenção para o 25 de Julho.




TUDO É UM PROCESSO, TUDO MUDA...

Com o advento do século XXI muita coisa mudou nas cidades, e a maior parte do lazer passou a acontecer do lado de fora dos clubes sociais. Prédios começaram a ser construídos com playgrounds, piscinas e áreas de convívio. As pessoas se mudaram das belas casas do bairro Auxiliadora para apartamentos em grandes prédios que transformaram a face da cidade...


Neste contexto de esvaziamento dos clubes, mais do que nunca, fez-se jus ao nome do 25 de Julho – Centro Cultural, ou seja, em paralelo ao esvaziamento das atividades sociais, buscou-se fortalecer as atividades culturais.

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A piscina do Centro Cultural, assim como muitas festas, restaurante e outras atividades sociais foram esvaziadas. Não bastasse isso, no Centro Cultural 25 a piscina apresentou problemas estruturais de difícil correção. Chegou um momento em que Renato Kops conta que, após um ensaio do Coro Masculino, em meio às conversas, Max Breuel jogou as chaves do “25” no balcão entregando-as num gesto de pedido de ajuda: “E agora? Quem e como vai resolver a situação financeira e patrimonial do 25?”

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Foi quando Renato Kops assumiu a bronca com sua experiência em finanças e contabilidade juntamente com as equipes diretivas daqueles próximos anos. Salvaram o Centro Cultural em seu âmago – uma instituição proporcionando educação, arte e cultura – adequando-o às transformações sociais que surgiam de acordo com as possibilidades financeiras e de espaço.

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A solução encontrada envolveu uma série de difíceis negociações e um conjunto de possibilidades. Astuto, Renato conta que cuidou criteriosamente dos detalhes dessas mudanças. A história foi contada em detalhes por ele, em entrevista concedida a Angélica Boff em maio de 2021. Em resumo, optou-se por vender o terreno que abrangia a área da piscina para uma construtora que lá ergueu o prédio hoje existente. Os valores foram barganhados e dentro da negociação, o Centro Cultural 25 de Julho teve direito à propriedade e uso do estacionamento que até hoje traz lucros significativos para o “25”. Além de terem o problema – então insolúvel – de vazamento e rachadura na piscina, esta renda do estacionamento supre significativas despesas da entidade.


JOGOS DE MESA

Você sabia que já houve no “25” um Departamento de Xadrez? Isto foi lá nos idos anos de 1950 e 1960, mas com direito a constar no relatório e a belas fotos nos álbuns do Arquivo Histórico do Centro Cultural. E os enxadristas do “25” jogavam também com enxadristas de outras associações.

Enxadristas do “25” em 1960

Também as cartas sempre foram bem quistas, lógico. O Skat, um jogo alemão, foi muito bem organizado e frequentado até os anos de 1990, também com direito a departamento específico e prestação de contas anual nos relatórios. Na foto que segue, um grupo jogando Skat, em que destacamos a presença de Max Breuel, em primeiro plano, à esquerda.


Max Breuel e amigos, em jogo de Skat

Jogo de mesa é algo maravilhoso para os apaixonados! Em 2017 Rosemari Pizzolatto Konzen e Angélica Boff trouxeram novamente esta prática, em função do vovô Giuseppe Pizzolatto que amava canastra! Assim, inauguraram o Kartentag fazendo tanto sucesso que foi até mesmo procurado pela RBS TV. Sim, a TV foi até o Centro Cultural 25 de Julho para nos entrevistar e fazer uma matéria do Jornal do Almoço. O Kartentag só foi interrompido pela pandemia mas pode voltar. Vamos jogar?


Ao alto, o vô Giuseppe.

Nas outras fotos, o grupo em 2017


Isto é um pouquinho das histórias e do entretenimento que aconteceram e acontecem na nossa sede do Centro Cultural 25 de Julho de Porto Alegre. Para finalizar o capítulo, é importante destacar que esta Sociedade conta com uma sede campestre, terreno em Viamão, doado por Claus Süffert em 1999, ainda por ser aproveitado.



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