1 - Você sabia que já existe um Projeto de Arquivo Histórico do Centro Cultural 25 de Julho de Porto Alegre? Siiiimmm!! Feito com muito carinho por Susana Fröhlich e Angélica Boff, lá nos idos de 2017. Este projeto foi aprovado pela Lei Rouanet, mas não conseguimos RECURSOS DE FINANCIAMENTO! (carinha de susto).
Com a sua colaboração de financiamento este projeto pode ser retomado.
2 – Este trabalho foi muito resumido. Na verdade ainda temos muitas questões sobre esta história a serem resolvidas. Aliás, questões sobre história sempre surgem novas. O acervo do 25 é riquíssimo, está relativamente organizado (ainda que não de acordo com normas técnicas de arquivologia), é só você querer mais.
4 - Se você gosta de guardar recortes de jornais do 25 de Julho ou de suas atividades, observe a forma correta de o fazer.
Forma correta, com referência do nome do periódico, local, data e página. De preferência, a impressão do próprio periódico, ou, se for difícil, escrito ao lado]
Forma errada. Repare que, ao lermos esta notícia, não temos como saber nada sobre jornal, local ou data publicados.]
Se você fizer errado, daqui a alguns anos ninguém mais saberá qual o jornal em que foi publicado, qual a data, local, e o quanto a informação é verídica e relevante!
3 - Eu sei que você tem bastante material relevante sobre a história do 25 de Julho em sua casa. Isto é muito legal. História se faz com pessoas.
Você pode deixar bem guardadinho em casa ou, se for muita coisa para guardar, pode trazer para a sede do 25 de Julho.
4 - DESCOBERTA!! Com a pesquisa para os 70 anos do 25, descobriu-se que alguns livros de Atas de Reuniões da Diretoria anteriores a dezembro de 1958 se perderam. Um membro da diretoria tinha estes livros em sua residência que sofreu um incêndio.
Com isto, infelizmente se perdeu muita informação do que acontecia no Centro Cultural 25 de Julho de Porto Alegre. Por isso, em parte, há informações sobre os grupos e atividades da década de 1950 que estão faltando nesta exposição.
MAS... com mais organização do material, mais pesquisa e entrevistas talvez possamos resgatar estas informações através de outras fontes documentais.
5 – Ao longo desta pesquisa encontramos várias informações incorretas em textos históricos e também fotografias sobre o “25” sobretudo em dois álbuns fotográficos antigos com apenas algumas referências rabiscadas a lápis. Agora imagine: a historiadora louca para saber do que se tratavam as fotos, e encontra uma indicação... Quanta felicidade! Porém depois, confrontando com outra documentação (as mesmas fotos em Boletins Informativos, por exemplo, ou bibliografia mais extensa sobre a época) descobriu que as informações eram incorretas. Essas coisas acontecem, dificultam o trabalho, mas fazem parte da pesquisa histórica.
Para esta exposição procuramos ao máximo colocar informações corretas. Muita coisa permaneceu com lacuna e preferimos deixar o silêncio a escrever “o que não foi”. Fizemos o possível. Mas.... ciência também é feita de erros e acertos.
6 - HISTORIADOR TEM FARO FINO
No decorrer das pesquisas nos deparamos com diversos documentos (atas, circulares, matérias de jornais e até mesmo fotos) em que alguns nomes de sócios, sobretudo da diretoria, eram escritos com grafias diferentes: por exemplo, encontramos Oswald e, em outros registros, Osvaldo, Henrich ou Henrique, fazendo referência à mesma pessoa. Isto pode ser – pode ser! – indício de procurar aportuguesar seus nomes em função das represálias sofridas pelos alemães aqui no Brasil, ou para sociabilização mais fácil.
Em diversos momentos da história do Centro Cultural 25 de Julho é possível observar o medo que se tinha de ser rotulado como um movimento político pela Alemanha, ou medo de ser censurado e até fechado(!) com argumento de estarem sendo exclusivamente alemães, com atividades alemãs. Aliás, o primeiro nome de todos, aportuguesado, nesta história é da própria instituição – Centro Cultural 25 de Julho, em vez de 25. Juli Kulturzentrum.
FICHA TÉCNICA
Pesquisa histórica e textos – Angélica Bersch Boff
Assessoria na pesquisa histórica – Olavo Fröhlich
Pesquisa iconográfica – Angélica Bersch Boff e Susana Fröhlich
Revisão dos textos – Clarisse Schneider
Colaboração com material dos acervos dos grupos do “25” e depoimentos – Ana Ledur, Jorge Lauck, Jorge Kunrath, Renato Kops, Marion Kohlmann, Rudolf Fritsch, Arlindo e Vera Mallmann, Denis Gerson Simões, Jonas Badermann de Lemos, Helga Süffert, Mariane Kohlmann, Anelore Schumann, Igor Ruschel, Fernanda Nóvoa, Susana Fröhlich.